Argentina com Milei – O Que Acontece Quando um Libertário Assume o Poder?

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17 min
Publicado:
14/2/2025
Última Atualização:
15/2/25
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Argentina com Milei – O Que Acontece Quando um Libertário Assume o Poder?

Da hiperinflação ao superávit: Entenda como um governo libertário está mudando o país.

Javier Milei

Javier Milei: Uma Nova Era na Argentina

"Ao contrário do passado, o ajuste recairá quase inteiramente sobre o Estado e não sobre o setor privado.” Essas palavras, ditas por Javier Milei, resumem bem uma visão libertária.

Para ele, o Estado precisa ser reduzido ao essencial: macroeconomia, segurança e relações exteriores. Foi com essa proposta de enxugamento estatal que venceu as eleições, tornando-se o primeiro presidente libertário do mundo e o mais votado da história da Argentina, com 15 milhões de votos.

Quando assumiu o cargo em 10 de dezembro de 2023, encontrou um país em colapso econômico. A Argentina carregava números alarmantes:

  • Inflação de mais de 25% mensais, chegando a 211% ao ano, a maior do mundo.
  • Mais de 40% da população na pobreza.

A crise era reflexo de um longo histórico de políticas econômicas intervencionistas, intensificadas nos últimos anos por governos que imprimiam dinheiro sem lastro para cobrir gastos excessivos.

Diante desse cenário, o economista propôs uma abordagem radical: eliminar o déficit fiscal, reduzir o tamanho do Estado, conter a hiperinflação e restaurar a confiança na economia argentina

Passado pouco mais de um ano, os impactos das suas estratégias começam a aparecer. Mas até que ponto a Argentina realmente mudou? E quais oportunidades esse novo cenário pode trazer para investidores, empresários e para quem busca maior liberdade econômica?

Neste artigo, analisamos o impacto das políticas de Javier Milei e como as novas mudanças podem transformar a Argentina em um destino ainda mais atraente para quem deseja viver e empreender com menos intervenção estatal.

Inflação Sob Controle: Um Milagre Argentino?

Pessoa abrindo uma carteira

Se havia um símbolo da decadência argentina nos últimos anos, era a inflação descontrolada. 211% ao ano em 2023, a maior do mundo. O peso argentino valia menos a cada dia, os preços dobravam em questão de meses e a população vivia uma corrida constante para se desfazer da moeda antes que ela perdesse ainda mais valor. 

Não por acaso, nas pesquisas eleitorais, a hiperinflação aparecia como a maior preocupação dos argentinos. Por isso, durante a campanha, Javier Milei prometeu que o combate à inflação seria sua prioridade. E diferente de tantos outros políticos, ele cumpriu.

Assim que assumiu o mandato, Milei lançou um programa econômico baseado em dois pilares: 

  1. Desregulamentação – redução de regulamentações em diversas áreas econômicas. 
  2. Reforma Burocrática – diminuição do tamanho do Estado e simplificação de processos administrativos. 

A principal ferramenta para isso foi a "Ley Bases", um pacote de mais de 600 medidas, e o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), com cerca de 300 medidas, para desmontar regulações, cortar gastos e destravar a economia. Mas, sem maioria no Congresso, enfrentou forte resistência política.

Mesmo assim, ministérios foram fechados, subsídios eliminados e gastos cortados. Após uma primeira tentativa frustrada, Milei conseguiu aprovar uma versão reduzida da "Ley Bases" em julho de 2024, garantindo cerca de 200 medidas essenciais para sustentar a política econômica de choque.

E os resultados vieram. A inflação começou a despencar: De 25,5% em dezembro de 2023 para 2,7% em dezembro de 2024. No acumulado de 2024, a inflação caiu para 117,8% – uma redução de quase 94 pontos em relação aos 211,4% de 2023.

Inflação oficial da Argentina

Variação (%) na comparação com o mês anterior.

Gráfico de variação de inflação

Fonte: G1

O que parecia impossível há poucos anos aconteceu: os preços começaram a se estabilizar e os argentinos finalmente deixaram de viver na incerteza diária de aumentos absurdos.

Logo, o INDEC divulgará os primeiros dados da inflação de 2025, e muitos economistas já projetam um número ainda menor do que o de dezembro de 2024. 

Pode-se concluir que, a economia argentina está enfim deixando para trás sua pior crise inflacionária em décadas. E isso nos leva a uma questão ainda mais ampla: se a Argentina conseguiu reverter uma crise histórica em tão pouco tempo, até onde essa disciplina fiscal pode levar o país?

Estado Enxugado: Cortes, Privatizações e Reformas que Geraram Superávit

Se a inflação descontrolada era o sintoma mais visível da crise argentina, o verdadeiro problema estava enraizado na estrutura estatal: um governo gigantesco, deficitário e acostumado a gastar muito mais do que arrecadava. 

Com isso, o corte de gastos foi agressivo. No primeiro semestre de 2024, o governo argentino reduziu suas despesas em 35%, um ajuste que Milei chamou de "o maior da história da humanidade". A lógica de Milei era simples: se algo não gera valor para a sociedade, deve ser extinto ou privatizado.

Por isso, desmontou grande parte do aparato estatal: reduziu ministérios pela metade, extinguiu órgãos como o Instituto Nacional contra a Discriminação (INADI) e a agência estatal de notícias Télam, e cortou mais de 30 mil contratos no setor público entre dezembro de 2023 e outubro de 2024, um corte que representou quase 4 bilhões de dólares em economia.

Além disso, privatizações começaram a sair do papel, com empresas estatais como a Aerolíneas Argentinas sendo colocadas no radar para venda. Projetos de infraestrutura, antes bancados com dinheiro público, agora só sairiam do papel se fossem financiados pela iniciativa privada. Não havia mais espaço para obras faraônicas pagas com o dinheiro dos contribuintes. O mantra "Não há dinheiro" se tornou realidade.

Assim, pela primeira vez em 14 anos, a Argentina começou a registrar superávits fiscais todos os meses

Gráfico GDP

O superávit primário é um indicador crucial da saúde fiscal do país, ele mostra se o governo é capaz de pagar suas contas sem precisar imprimir dinheiro ou pegar empréstimos. Fonte: UFM

Ou seja, o governo arrecadou mais do que gastou, quebrando um ciclo de déficits que persistia há anos. Portanto, em 2024, a Argentina fechou o ano com um superávit financeiro de 1,8% do PIB, algo que não acontecia desde 2010 e que representou o melhor resultado fiscal em 16 anos.

O ajuste ainda não está completo, mas agora a Argentina conta com um Estado menor e uma economia mais equilibrada, ou seja, é um país que começa a recuperar a confiança de investidores.

Risco-País em Declínio: O Novo Presidente Está Devolvendo a Confiança ao Mercado?

Javier Milei discursando

Ao assumir a presidência, Javier Milei herdou uma dívida pública superior a 60% do PIB, acompanhada de um histórico de inadimplência e dificuldades no pagamento de compromissos internacionais, fatores que elevaram o risco-país, um indicador essencial da confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar suas obrigações.

A maior parte desse fardo financeiro vem de um empréstimo de US$ 44 bilhões junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), contraído em 2018 pelo governo Mauricio Macri, que ainda está em renegociação. 

No entanto, as ações implementadas no primeiro ano de governo começaram a reverter a percepção negativa do mercado, resultando em uma expressiva queda do risco-país, que despencou de 1.900 pontos-base no início de 2024 para menos de 600 pontos em janeiro de 2025, o menor nível desde 2018.

Gráfico de risco no país

Fonte: UFM

Esse índice, calculado pelo J.P. Morgan, funciona como um termômetro da estabilidade econômica de um país. A redução significativa indica que a Argentina passou a ser vista como um destino menos arriscado para investimentos e financiamentos, sinalizando um ambiente econômico mais previsível.

Outro reflexo dessa recuperação foi a valorização histórica do índice S&P Merval, principal indicador da bolsa de valores argentina. Em 2024, o Merval registrou um salto de 114,9% em dólares, marcando o melhor desempenho global do ano e o maior crescimento do índice desde 2003, quando subiu 134,14%.

Gráfico de desempenho das principais bolsas do mundo em 2024

Fonte: CNN Brasil

Para efeito de comparação, o Ibovespa (Brasil) apresentou uma desvalorização de 29,92% em dólares no mesmo período, a maior queda desde 2015. Enquanto investidores estrangeiros reduziram sua exposição ao Brasil, a Argentina de Milei atraía capital e ganhava relevância nos mercados internacionais.

O otimismo também foi reforçado pelas agências de classificação de risco. Em janeiro de 2025, a Moody’s Ratings elevou a nota de crédito da Argentina para emissões de moeda estrangeira e local de longo prazo, alterando sua perspectiva de "estável" para "positiva"

Com a recuperação da confiança e um ambiente de negócios mais previsível, o FMI projeta que o PIB argentino crescerá 5%, sendo o maior da América do Sul em 2025 e 2026. Essas previsões se concretizando, a Argentina se consolidará como um exemplo de recuperação econômica na América Latina, rompendo com um passado de instabilidade e incerteza.

Redução de Impostos: Menos Estado, Mais Mercado

Imagem com relação em contabilidade

A redução do tamanho do Estado não se refletiu apenas no corte de gastos e privatizações. A política tributária argentina também passou por mudanças significativas

Se antes os altos impostos desestimulavam o crescimento e geravam distorções na economia, o governo Milei vem aplicando uma agenda de desoneração, diminuindo o peso do fisco sobre a população e facilitando o fluxo de capital.

Desde que assumiu o poder, foram implementadas sete mudanças relevantes na estrutura tributária argentina, abrangendo desde impostos sobre propriedade e renda até tarifas de importação e exportação.

Reduções e Ajustes Tributários

  • Impuesto a los Bienes Personales: O governo ampliou o mínimo não tributável de $ 27 milhões para $ 100 milhões, reduzindo significativamente a base de contribuintes desse tributo. Além disso, as alíquotas para o ano fiscal de 2023 foram reduzidas para um intervalo entre 0,5% e 1,5%, com um benefício especial de 0,45% para quem optasse por pagar cinco anos adiantado.
  • Impuesto a las Ganancias: Foi restabelecida a quarta categoria do imposto de renda, tornando-as mais progressivas. O mínimo não tributável também foi elevado, garantindo que menos argentinos precisem pagar imposto de renda
  •  Tarifas de Importação: O governo reduziu as tarifas de 89 produtos essenciais, diminuindo custos para empresas e consumidores. Entre os principais cortes, pneus passaram de 35% para 16%, e pequenos eletrodomésticos caíram de 35% para 20%.
  •  Importação para Pequenos Consumidores: O limite para compras internacionais foi ampliado de US$ 1.000 para US$ 3.000, facilitando o acesso a produtos estrangeiros sem a burocracia tradicional. Além disso, compras de até US$ 400 foram isentas de impostos de importação, restando apenas a cobrança do IVA.
  •  Fim do Imposto PAIS: O governo não renovou o imposto PAIS, uma taxa que encarecia as operações em dólar e impactava diretamente produtos e serviços internacionais, como assinaturas da Netflix, Spotify e outras plataformas de streaming. Com a medida, o dólar poupança e o dólar cartão ficaram mais baratos, reduzindo custos para quem consome ou investe no exterior.
  •  Direitos de Exportação (Retenções): Foi estabelecida uma redução temporária nas retenções sobre produtos agrícolas, com impacto direto em produtos como soja, trigo, milho, girassol e seus derivados. A medida tem validade até 30 de junho de 2025.
  •  Impostos sobre Carros e Motos: Para estimular o setor automotivo, o governo reduziu tributos sobre veículos, resultando em uma queda estimada de 15% a 20% nos preços de venda. Além disso, foram concedidos incentivos para a importação de veículos elétricos e híbridos, facilitando o acesso a novas tecnologias e promovendo a renovação da frota nacional.

Segundo Milei, o plano para 2025 inclui uma redução de 90% nos impostos federais, tornando a Argentina o país mais atrativo da América Latina para negócios e investimentos.

Além disso, ele pretende devolver às províncias a autonomia fiscal que perderam ao longo dos anos, descentralizando a arrecadação e dando mais liberdade para que os governos locais estabeleçam suas próprias políticas tributárias. Essa descentralização pode acabar com o modelo ultrapassado de dependência do governo federal, tornando o sistema mais ágil e eficiente.

Se essas reformas avançarem, a Argentina poderá deixar para trás décadas de um modelo estatista e se tornar um polo de liberdade econômica, atraindo empresários e investidores que buscam um ambiente fiscal mais previsível e favorável ao crescimento.

Peso, Dólar e Cripto: O Futuro das Moedas na Argentina

Imagem com relação em bitcoin e outras moedas

Javier Milei assumiu o governo prometendo aniquilar o peso, extinguir o Banco Central e dolarizar a economia. Mas então, como o peso argentino se tornou a moeda mais valorizada do mundo em 2024?

A resposta para essa aparente contradição está em duas frentes principais: o fim da impressão desenfreada de dinheiro e a redução drástica do déficit fiscal

Com isso, para surpresa geral, o peso argentino registrou uma valorização real de 44,2% e se tornou a melhor moeda do mundo em 2024, superando a lira turca, que ficou em 21,2%

O "peso forte" trouxe efeitos mistos para a economia argentina. De um lado, os salários em dólar aumentaram significativamente, com o salário mínimo subindo de 156 mil para 272 mil pesos ao longo de 2024 – um salto nominal de 76%. 

Em dólares, o valor passou de US$ 157 para US$ 228, refletindo a valorização da moeda local. No entanto, esse fortalecimento do peso também encareceu o custo de vida e a produção.

Apesar da valorização do peso, Milei não abandonou seu plano de dolarização. No entanto, substituir abruptamente o peso se mostrou inviável no curto prazo, devido à falta de reservas internacionais e ao risco de colapso no sistema bancário.

Dolarização Endógena e o Fim do Cepo Cambial

Sem reservas suficientes para dolarizar o país de uma só vez, o governo optou por uma estratégia chamada "dolarização endógena", permitindo que o mercado naturalmente migre para o dólar ou outras moedas. Na prática, isso significa que os argentinos agora podem escolher em qual moeda querem realizar suas transações, sem imposições do governo.

Entre as medidas para que isso aconteça estão:

  • Autorização para que estabelecimentos exibam preços em múltiplas moedas, incluindo dólares e criptomoedas.
  • Facilidade no uso de cartões de débito para pagamentos em moeda estrangeira.

Mas para que a dolarização realmente aconteça, muitos esperam pelo fim do "cepo cambial", um conjunto de restrições que limita a compra de dólares e a movimentação de capitais. Criado em 2011 para evitar a fuga de dólares durante uma crise econômica, o cepo cambial restringe a compra de moeda estrangeira e impõe impostos pesados sobre transações internacionais.

Um exemplo dessas restrições é o limite de compra de US$ 200 por mês para pessoas físicas, com um imposto de 60%, além da impossibilidade de que empresas transfiram dólares para o exterior ou paguem dívidas internacionais. Milei já declarou que, caso o país receba um desembolso adequado do FMI, a saída do cepo poderá ocorrer ainda em 2025.

Enquanto o peso resiste e o dólar ganha espaço, as criptomoedas avançam como uma alternativa real ao sistema financeiro tradicional. Entre junho de 2023 e junho de 2024, a Argentina ultrapassou o Brasil e se tornou o maior mercado de criptomoedas da América Latina, movimentando US$ 91,1 bilhões contra US$ 90,3 bilhões do Brasil.

O governo argentino legalizou contratos em Bitcoin (BTC) no final de 2023 e já afirmou que a adoção oficial da criptomoeda como moeda legal pode estar a caminho. A expectativa é que, a partir deste ano, qualquer argentino possa comprar, vender e pagar contas na moeda que quiser – seja peso, dólar ou Bitcoin – sem intervenção estatal, seguindo o modelo de El Salvador.

Com um cenário monetário em plena transformação, em breve, caberá aos argentinos a liberdade de decidirem qual moeda irão adotar.

Segurança na Argentina: A Queda Histórica da Criminalidade no Governo de Javier Milei

Além das reformas econômicas, a segurança pública também passou por mudanças significativas no primeiro ano de governo de Milei. A Argentina registrou, em 2024, a menor taxa de homicídios dolosos em 25 anos.

Os números são claros: a taxa de homicídios caiu para 3,8 por 100 mil habitantes, comparado a 4,4 em 2023, uma redução de 11,5% no total de assassinatos. Ao todo, foram 1.810 homicídios em 2024, contra 2.046 no ano anterior. Com essa queda, a Argentina se tornou um dos países mais seguros da América Latina, atrás apenas de El Salvador (1,9 homicídios por 100 mil habitantes).

O caso mais emblemático dessa melhora na segurança foi a cidade de Rosário, historicamente a mais violenta do país devido ao tráfico de drogas e disputas entre facções criminosas. Em apenas um ano, o número de homicídios despencou 65%, caindo de 261 assassinatos em 2023 para 90 em 2024.

O governo atribui essa melhora a políticas de repressão ao crime organizado, aumento da presença policial e maior rigor nas operações. Para efeito de comparação, o Brasil registra 19 homicídios por 100 mil habitantes, quase cinco vezes mais do que a Argentina.

Com essa redução histórica na violência, a Argentina fortalece sua posição como um destino cada vez mais seguro para seus cidadãos e para estrangeiros que buscam viver e investir no país

Os números mostram que o combate ao crime segue a mesma lógica da política econômica de Milei: menos tolerância para abusos, mais eficiência nos resultados.

Desemprego e Pobreza: A Verdade Que a Mídia Não Conta

Desde o primeiro dia na casa rosada, Javier Milei deixou claro que não faria promessas vazias de prosperidade imediata. Ele avisou que as ações para reequilibrar a economia teriam um custo, e a Argentina passaria por um período de ajustes dolorosos antes de colher os frutos da estabilidade.

Enquanto a imprensa insistia na narrativa de um “aumento catastrófico da pobreza”, a realidade é que a crise social já estava instalada antes mesmo de Milei assumir.

Quando tomou posse, a pobreza na Argentina já ultrapassava os 40%, herança de um país quebrado pelo intervencionismo estatal e pela farra dos gastos públicos. Nos primeiros meses de ajuste fiscal, os índices chegaram a passar dos 50%, um reflexo temporário da correção de distorções acumuladas há décadas. Mas, ao contrário do que muitos previram, a situação começou a se reverter.

Comunicado oficial

Agora, os números já mostram uma melhora significativa. A pobreza, que chegou a 55%, já caiu para um patamar para cerca de 39%, números melhores do que aqueles encontrados quando Milei assumiu. 

Com o ajuste fiscal em andamento, a inflação sob controle e o dólar estabilizado, a população começa a sentir os primeiros sinais de recuperação.

Além disso, a proporção da população empregada também está subindo, isso apesar dos cortes de funcionários públicos. 

Comparativo de empregos

Fonte: INDEC

O setor privado começa a absorver essa mão de obra, e o mercado de trabalho está dando sinais de recuperação sem depender do Estado como muleta.

Aprovação de Milei: O Libertário se Mantém Forte

Comparativo de aprovação de líderes mundiais

Fonte: infobae.com

Desde que assumiu o cargo, Javier Milei enfrentou críticas, previsões de colapso e apostas de que não chegaria ao final do primeiro ano de governo. 

Comparações com a crise de 2001-2002, quando a Argentina teve cinco presidentes em um ano, eram recorrentes. Alguns analistas diziam que seu governo levaria o país a uma nova hiperinflação, como a de 1989, quando os preços dispararam 3.079% ao ano. Mas, um ano depois, esses cenários catastróficos simplesmente não se concretizaram.

Pelo contrário, sobreviveu e consolidou sua popularidade. Eleito no segundo turno com 56% dos votos, o presidente da Argentina hoje ostenta mais de 60% de aprovação, segundo a Morning Consult

Em janeiro de 2025, a mesma pesquisa mostrou Milei como o terceiro líder mundial mais bem avaliado, com 65% de apoio, superado apenas pelo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi (75%), e pela recém-eleita presidente do México, Claudia Sheinbaum (66%).

O Que Explica a Popularidade de Milei?

Seus antecessores, Alberto Fernández, Mauricio Macri e Cristina Kirchner, viram seus índices de aprovação despencar rapidamente conforme o desgaste político se acumulava. Milei, por outro lado, manteve sua base sólida. O motivo? Ele não recuou.

Muitos esperavam que, ao enfrentar dificuldades, Milei abandonasse sua política de choque econômico e recorresse a medidas populistas para agradar a opinião pública. Em vez disso, ele seguiu firme, reduziu a inflação para pouco mais de 2% ao mês, estabilizou o dólar e começou a reverter a crise fiscal.

Argentina com Milei: Um Novo Horizonte para Quem Busca Liberdade

A Argentina de hoje já não é mais o mesmo país afogado em inflação, burocracia e crises cíclicas. Em apenas um ano, as reformas profundas implementadas pelo primeiro presidente libertário do mundo começaram a mostrar resultados concretos: a inflação despencou, o superávit fiscal se tornou realidade, a economia deu sinais de recuperação e a segurança atingiu patamares históricos.

Com uma gestão que reduz a interferência estatal, desburocratiza a economia e busca um ambiente mais favorável para empreendedores e investidores, a Argentina começa a se tornar uma opção viável para aqueles que querem mais liberdade, menos impostos e novas oportunidades.

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