Migrações nas Américas: Uma Visão Geral

Tendências migratórias no mundo: análise do mapa migratório com foco nas Américas.

De acordo com a ONU, havia 281 milhões de migrantes internacionais em 2020, o equivalente a 3,6 por cento da população mundial!

À medida que o mundo se globaliza e se conecta, este número continuará a crescer. 

No passado, as pessoas se mudavam em busca de oportunidades econômicas. Agora, as pessoas têm uma igualdade cada vez maior de oportunidades econômicas através da Internet. 

Os migrantes internacionais do futuro serão pessoas em busca de maior liberdade pessoal, melhor qualidade de vida e impostos mais baixos.

Encontramos este mapa interessante no Statista. 

A Statista afirma:

“Este mapa fornece uma visão geral das tendências migratórias no mundo. Ele mostra a migração líquida anual (chegadas menos partidas) de todos os países e territórios, em relação ao tamanho de sua população. 

Entre 2017 e 2021, as regiões do mundo que perderam a maior parte das pessoas via emigração foram as Ilhas Marshall e Samoa Americana no Oceano Pacífico, seguidas pelo Líbano e Venezuela.

Durante este período, estes quatro territórios, alguns dos quais estão passando por graves dificuldades econômicas, sofreram uma perda líquida média de 28 a 42 habitantes por 1.000 pessoas por ano.

Em contraste, as regiões que atraíram mais migrantes em relação ao tamanho de sua população foram o Arquipélago Tokelau, administrado pela Nova Zelândia, o paraíso fiscal caribenho das Ilhas Turks e Caicos e, na Europa, Malta. 

Para estes três lugares, a média anual de migração líquida foi entre 22 e 45 pessoas adicionais por 1.000 habitantes.”

Após essa introdução, vamos examinar este mapa a partir de uma perspectiva latino-americana, e dar uma olhada nos fluxos migratórios nas Américas.

Os maiores receptores líquidos de migrantes nas Américas em uma base percentual foram o Canadá, Colômbia e Chile. 

• Os migrantes vêm para o Canadá vindos de todo o mundo, e particularmente da Ásia. Faz sentido o Canadá ser o maior receptor de imigrantes, já que a imigração para o país é consideravelmente mais simples e barata do que se mudar para os Estados Unidos.
• A Colômbia recebeu milhões de migrantes da Venezuela, explicando o contraste entre o vermelho escuro e o azul escuro dos países vizinhos. 
• O Chile é conhecido como um dos países mais desenvolvidos da América do Sul, e muitas pessoas se mudaram para o Chile por percepção de estabilidade, segurança e oportunidade econômica. Em 2020, a taxa líquida de migração para o Chile foi de 6,02 migrantes por mil habitantes. Claro, esse cenário mudou desde que Gabriel Boric assumiu o poder no país recentemente.

O único país vermelho escuro nas Américas é a Venezuela. Isto é compreensível, dada a difícil situação econômica e política que se vive lá. 

• Os migrantes da Venezuela se mudaram principalmente para a Colômbia, mas também foram para toda a América Latina. 
• Um número significativo dos migrantes para o Chile veio da Venezuela. 
• Não é raro encontrar venezuelanos em todos os países latinos, da Argentina ao México.

Passando ao México e à América Central, podemos observar alguns fatos

• A maior parte da América Central continua a experimentar uma emigração líquida de pessoas. 
• Somente a Costa Rica e o Panamá contrariaram a tendência, recebendo mais pessoas do que vão embora. 
• Todos nós vimos as histórias sobre migrantes de Honduras, Guatemala, México e outros países aparecendo na fronteira sul dos EUA. 
• Apesar de toda a conversa de haver muitos gringos na Cidade do México, não é suficiente substituir ou igualar o número de mexicanos que se mudam para o exterior. 

A América Central também é conhecida por programas de migração favoráveis para expatriados com renda ou patrimônio. Enquanto esses países continuarem a experimentar fluxos de saída, podemos esperar que os programas de residência continuem.

Indo para a América do Sul, talvez a parte mais surpreendente deste mapa seja a saída líquida de migrantes (vermelho claro) da Bolívia, Paraguai e Uruguai. 

• A Bolívia e o Paraguai são os países com sistema tributário territorial “puro” da América do Sul, em que toda renda proveniente do exterior é isenta de impostos. Isso os torna atraentes para as pessoas que ganham seu dinheiro no exterior. 
• Apesar do sistema fiscal favorável, esses países experimentaram uma saída líquida de capital humano. É talvez por isso que o Paraguai continua a aceitar novos imigrantes de forma tão aberta. 
• O Paraguai é bem conhecido por ser um dos países mais abertos do mundo para a migração. De fato, é muito fácil morar no Paraguai. O país oferece um caminho fácil para a residência e um sistema tributário territorial. 
• O Uruguai também é conhecido por seu esquema de 11 anos de isenção de impostos sobre juros e dividendos do exterior para atrair estrangeiros. Morar no Uruguai também é muito simples para brasileiros. 

Suspeitamos que com o fluxo de Brasileiros e Argentinos se mudando para o Uruguai, o país entre no azul em breve.

Qual país você vai escolher?

A América Latina continua a ser a região mais aberta do mundo para os futuros migrantes. 

Os países da América Latina oferecem um caminho fácil para a residência permanente e a cidadania, e muitas vezes também ótimas vantagens fiscais.

Se você quiser avaliar as suas opções de imigração e ver qual país faz mais sentido no seu caso, agende uma consultoria conosco e confira a nossa Enciclopédia do Emigrante.

Porque a sua vida te pertence!

Esse artigo é uma tradução e adaptação inédita em Português feita pela Settee. Confira o artigo original em Inglês no My Latin Life.